Imprensa e política
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*Por Arthur Fernandes
A ética jornalística prega que o profissional que trabalha em veículo de comunicação tem que manter um distanciamento das fontes para não se comprometer e não comprometer a informação que levará para o público. Mas há casos em Uberlândia em que essa linha tênue de atuação já foi há muito extrapolada. Esse distanciamento não só foi encurtado, como há situações evidentes de aproximação com vínculo empregatício entre jornalistas e fontes ligadas ao cenário político e/ou institucional. Há casos em Uberlândia em que jornalista acumula a função de assessor em órgão público, função essa indicada por critério político em detrimento aos colegas concursados, e, além disso, ainda faz assessoria para deputado e escreve textos opinativos sobre política em jornal. Ou repórter que de noite trabalha em veículo de comunicação, notadamente contrário à atual administração municipal, e que à tarde faz parte do estafe da prefeitura. Também tem produtor de televisão que faz esse serviço em um período do dia e assessora uma instituição pública em outro.
Sem juízo de valor
Essas são situações profissionais que cada um deve analisar e tirar suas próprias conclusões. No entanto, agora em ano de eleição, essas relações muito próximas entre jornalistas, poder público, políticos e pré-candidatos tornam, no mínimo, duvidosa a isenção jornalística na maioria destes casos em que as duplas funções, de jornalista e assessor, se misturam em demasia.
Exemplo negativo
Jornalismo e política quando misturados sem a devida responsabilidade pode trazer prejuízo à informação confiável. Um vereador de Uberlândia, por exemplo, estaria “vetado” em uma determinada emissora de televisão local, justamente por causa da relação partidária dele. A orientação para a reportagem seria de “evitar” entrevistá-lo. É que esse vereador pode ser escolhido como vice em uma chapa para a eleição majoritária na cidade. A escolha deste vereador iria contra o interesse do dono da emissora, que é político e controla veículos de comunicação Brasil afora e que operam sob concessão pública. Esse mesmo político tenta empurrar “goela abaixo” dentro do partido que milita o nome de um protegido, que, pasmem, também pratica “jornalismo” na mesma emissora que vetou a aparição do vereador.
Generalização
Relações duvidosas e até mesmo escusas entre jornalistas e fontes, sobretudo aquelas ligadas ao cenário político, provocam a generalização dessa visão de que a imprensa pode trabalhar a serviço deste ou daquele político. Ontem, por exemplo, um repórter e colega da coluna foi abordado por um vereador em uma visita a uma obra pública. O vereador teve o desplante de afirmar ao jornalista que ele deveria ajudá-lo a reelegê-lo, falando bem do trabalho parlamentar do dito cujo. Delicadamente, o repórter deu um “corte seco” no vereador sem noção.
Jornal Correio - 26/05
Comentário enviado pelo Renato Cury
Parabéns Arthur por ter tocado em assunto que poucos jornalistas de um jornal
deste gabarito podem falar.
Realmente, há assessores de imprensa e jornalistas que estão com um pé no atual governo e o outro na oposição. Prova disso, foi a presença de alguns no evento do blocão liderado pelo dep. Tenente Lúcio em apoio à candidatura do dep. Gilmar Machado.Presença é uma coisa, mas marcar presença
é outra. Isto é, caso o candidato do prefeito ganhe fica bem, caso a oposição ganhe fica bem tb.
O citado foi muito bem lembrado.
deste gabarito podem falar.
Realmente, há assessores de imprensa e jornalistas que estão com um pé no atual governo e o outro na oposição. Prova disso, foi a presença de alguns no evento do blocão liderado pelo dep. Tenente Lúcio em apoio à candidatura do dep. Gilmar Machado.Presença é uma coisa, mas marcar presença
é outra. Isto é, caso o candidato do prefeito ganhe fica bem, caso a oposição ganhe fica bem tb.
O citado foi muito bem lembrado.
Há outros que não tiveram a mesma sorte. Estava trabalhando no Governo e sem mais e nem menos, foi
dispensado porque estava prestando serviços a um vereador ligado à este blocão. Nem ao menos,
foi dado à ele a oportunidade de escolha e muito menos foi considerada a extensa folha
de serviços prestados à este governo e outros anteriores.
Caro Arthur, você foi muito educado em falar em exemplo negativo, pois o que vejo é falta de ética,
profissional e postura profissional.
Os órgãos de comunicação e as instituições públicas se prostituem aceitando esse tipo de profissional,
que são um câncer à nossa classe, já tão criticada por vários motivos, desde à falta de obrigatoriedade
do diploma (o que dá margem para que estes se aproveitem de certas situações, haja visto que
a obtenção do registro junto ao MTE é muito facil), passando pelo descompromisso
com a verdade, plantando fofocas de interesse pessoal e à falta de coleguismo.
dispensado porque estava prestando serviços a um vereador ligado à este blocão. Nem ao menos,
foi dado à ele a oportunidade de escolha e muito menos foi considerada a extensa folha
de serviços prestados à este governo e outros anteriores.
Caro Arthur, você foi muito educado em falar em exemplo negativo, pois o que vejo é falta de ética,
profissional e postura profissional.
Os órgãos de comunicação e as instituições públicas se prostituem aceitando esse tipo de profissional,
que são um câncer à nossa classe, já tão criticada por vários motivos, desde à falta de obrigatoriedade
do diploma (o que dá margem para que estes se aproveitem de certas situações, haja visto que
a obtenção do registro junto ao MTE é muito facil), passando pelo descompromisso
com a verdade, plantando fofocas de interesse pessoal e à falta de coleguismo.
Enquanto houver Governos ou instituições públicas que ainda aceitem essse tipo de profissional, sempre
haverá àqueles que moram em cima dos muros, e ai daquele que falar mal… porque outros interesses estão
por trás.
Porque não fazer um cadastro de bons e maus profissionais do jornalismo de Uberlândia. Aí, quando
alguém ou uma empresa for contratar, é só consultar a ficha. Ficha limpa ou suja. Se pegar, vai ter muito jornalista mudando de Udia,
porque tem a ficha suja.
haverá àqueles que moram em cima dos muros, e ai daquele que falar mal… porque outros interesses estão
por trás.
Porque não fazer um cadastro de bons e maus profissionais do jornalismo de Uberlândia. Aí, quando
alguém ou uma empresa for contratar, é só consultar a ficha. Ficha limpa ou suja. Se pegar, vai ter muito jornalista mudando de Udia,
porque tem a ficha suja.
Precisamos falar sempre desse assunto, para ver se expurgamos, deletamos e limpamos de nossa classe,
pessoas dessa extirpe, que permeiam através de sua mão-de-obra prostituída, as redações que outrora
foram ocupadas por homens de bem, incapazes de mudar de mesa, quanto mais de ideologia.
pessoas dessa extirpe, que permeiam através de sua mão-de-obra prostituída, as redações que outrora
foram ocupadas por homens de bem, incapazes de mudar de mesa, quanto mais de ideologia.
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