
Por Luciano Martins Costa em 07/10/2014 na edição 819
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 7/10/2014
Na expectativa das alianças que irão recompor as forças partidárias para o segundo turno da eleição presidencial, os jornais apresentam aos leitores um jogo de adivinhações que tenta dissimular suas preferências políticas. Daqui para a frente, seja qual for o movimento das peças, tudo será levado ao propósito maior da mídia tradicional, que é recompor sua influência sobre o poder Executivo federal.
O núcleo das análises é o destino que será dado aos votos que foram para a ex-ministra Marina Silva no primeiro turno. No entanto, há muita especulação sobre o significado da manifestação dos eleitores e muito desencontro nas opiniões em torno de algumas das disparidades reveladas pelas urnas. Por exemplo, a derrota de Aécio Neves em Minas Gerais e o massacre sofrido pelo Partido dos Trabalhadores em São Paulo, seu local de origem.
Em meio às profecias fundamentadas no desejo de seus autores, pode-se encontrar alguma reflexão consistente, como a manifestação de humildade dos diretores do Ibope e do Datafolha, os institutos de pesquisa que foram desmoralizados pelas urnas.
Vale a pena observar o que diz Márcia Cavallari, diretora do Ibope: “As pesquisas medem a opinião, e as opiniões vão mudando. Elas só se consolidam quando o eleitor aperta o botão e confirma seu voto, lá na urna”. Mais interessante ainda é a declaração de Mauro Paulino, presidente do Datafolha: “Até por markenting, nós mesmos, dos institutos de pesquisa, tratamos esses números divulgados na véspera como prognósticos, mas na verdade eles são diagnósticos. Eles refletem uma realidade que já passou. Não estão olhando para a frente”, disse o executivo.Clique aqui e leia mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário